
A ANAC estabelece a Avaliação de Risco Operacional para drones como um dos documentos obrigatórios que devem estar sempre disponíveis durante os voos Não Recreativos, com os chamados RPA.
A Avaliação de Risco Operacional, ou ARO, deve ser elaborada considerando os diversos cenários e possíveis riscos que podem ocorrer durante uma operação com drones, pensando nos cuidados a serem tomados para evitar estas situações de risco. Deve pensar ainda nas ações de resposta caso estas situações ocorram, evitando danos potenciais a sua aeronave e especialmente a outras pessoas e bens.
Situações de Risco
Sob a ótica do gerenciamento de projetos, risco é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo em um ou mais objetivos do projeto. Ou seja, risco é qualquer situação que pode trazer uma consequência negativa durante o seu voo, tanto para a sua aeronave como para as pessoas e propriedades à sua volta – uma perda de sinal, mudanças climáticas repentinas e até outras aeronaves que possam surgir a sua volta quando estiver no ar.
Como elaborar a ARO
Além de ter em mente a definição sobre o que é risco, ao preencher uma ARO é importante que estejam bem claros os conceitos sobre a probabilidade e severidade da consequência do risco, outros riscos que estejam associados entre si, a tolerabilidade à situação de risco e especialmente as eventuais medidas mitigatórias (para redução) do risco.
A Instrução Suplementar IS E94-003 da ANAC é a normativa complementar que estabelece todos os procedimentos para elaboração e utilização da ARO, de forma a cumprir o que pede a RBAC-E 94. Nela estão definidos os conceitos, elementos mínimos que uma ARO deve ter e os cuidados a serem tomados com o documento, que pode ter uma “versão genérica” para os seus voos em geral e uma versão específica para um evento, como o Carnaval, por exemplo.
Modelo para elaborar a sua ARO
Estamos disponibilizando neste link a versão mais atual da IS E94-003 para você conferir e baixar, e também como cortesia um modelo de Avaliação de Risco Operacional que desenvolvemos com base na IS E94 003. Mas é importante ressaltar que este não é um documento que deve ser apenas preenchido – os conceitos envolvidos na sua elaboração devem estar claros e devem seguidos à risca, pois é neste momento em que podemos evitar que os riscos envolvidos nos nossos voos e possíveis danos aos equipamentos e a outras pessoas aconteçam.
Lembre-se que seu drone não é um simples brinquedo!
Workshop sobre Avaliação de Risco Operacional
Dentro do nosso Programa de Qualificação de Pilotos temos um Workshop específico sobre a ARO, onde debatemos os seus conceitos, realizamos a análise dos riscos gerais e específicos que podem ocorrer em operações com drones, além de praticar na prática o preenchimento de uma ARO!
Confira um vídeo de um desses Workshops realizado em 2018, quando a OCA ainda se chamava CG Drone:
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